Perdoa, senhor, o nosso dia,
A ausência de gestos corajosos,
A fraqueza dos actos consentidos,
A vida dos momentos mal amados.
Perdoa o espaço que te não demos,
Perdoa porque não nos libertámos,
Perdoa as correntes que pusemos
Em ti, senhor, porque não ousámos.
Contudo, faz-nos sentir,
Perdoar é esquecer a antiga guerra.
E, partindo, recomeçar de novo,
Como o sol, que sempre beija a terra.
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